Sony processada na Califórnia por falha de segurança na PlayStation Network

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A PlayStation Network (PSN) foi alvo de uma das maiores infiltrações de sempre numa base de dados online. A Sony, que gere a rede, demorou a anunciar o ataque e provocou a fúria dos seus utilizadores. As acções da empresa caíram 4,5 por cento na bolsa de Tóquia. Na Califórnia, um escritório de advogados deu início ao primeiro processo judicial contra a empresa. Mas o número de queixas pode disparar rapidamente. A Sony tem 77 milhões de utilizadores e demorou uma semana para os notificar, depois de ter tomado conhecimento do ataque e encerrado a PSN – o que aconteceu a 19 de Abril. Na passada terça-feira, a empresa japonesa fez saber que os dados desses utilizadores podem ter sido roubados. Em causa estão nomes, moradas e informações de cartões de crédito. Os consumidores estão indignados; os accionistas estão “decepcionados”. É essa a leitura de Michael Wang, administrador para fundos internacionais da Prudential Financials, em Taipé: “Os jogadores estão furiosos por o presidente executivo da Sony não ter explicado a situação e os investidores estão decepcionados com a gestão corporativa da empresa”. A PSN, que permite jogar em rede e assistir online a filmes e a programas de televisão, gera receitas anuais de 500 milhões de dólares (cerca de 338 milhões euros). A esmagadora maioria dos utilizadores (90 por cento) estão nos Estados Unidos ou na Europa. Os especialistas de segurança contactados pela Reuters dizem que a Sony deve precaver-se para uma perda do número de utilizadores e falam mesmo num “pesadelo de relações públicas”, ao nível do que a Toyota experimentou no ano passado, quando teve que chamar às suas oficinas um grande número de automóveis. As perdas acumuladas em bolsa são já de 8 por cento, com as acções a atingirem o valor mais baixo desde o terramoto que em Março destruiu parte do Japão. Esta queda num curto espaço de tempo pode fazer antever perdas ainda mais substanciais para a Sony, mas Michael Wang acredita que há um limite. Isto porque além de os investidores continuarem a apostar no crescimento da PlayStation, o especialista entende que os amantes de videojogos não vão deixar de os jogar por este incidente.
Fonte Público


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